Festival Vale do Café: Onde Fica,Como ir, Fazendas, Atrações!

Paisagens deslumbrantes, trilhas pela natureza, passeios por cidades históricas, gastronomia e muita, mas muita tradição. Criado em 2003, o Festival Vale do Café é um evento de música brasileira idealizado por Cristina Braga, primeira harpista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

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Fonte: Siredi

O evento é realizado anualmente na região Sul-Fluminense do Rio de Janeiro, na divisa com Minas Gerais, mais precisamente é claro, no Vale do Café, que fica a cerca de duas horas da capital e é uma ótima opção para os turistas que buscam programas alternativos em terras cariocas.

Para chegar até lá, existem linhas exclusivas de ônibus e as estradas são boas para quem optar ir de carro. O vale abrange diversas cidades: Vassouras, Valença, Rio das Flores, Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Paty do Alferes, Paracambi, Miguel Pereira, Mendes, Barra do Piraí, Pinheiral, Barra Mansa, Paraíba do Sul e Volta Redonda.

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O local leva leva esse nome, pois era o centro da produção de café do Brasil, principal fonte de renda do Século XIX. Na época, 75% do café consumido no mundo era produzido por lá, fazendo do país, líder mundial e absoluto na produção e exportação do produto. Mas com o tempo, a lavoura do café ruiu, migrou para estados como São Paulo, Paraná e Minas e a decadência econômica tomou conta da região.

Todos os anos, os organizadores planejam um trajeto, envolvendo alguns destes municípios e ao longo do caminho, o festival passa por fazendas, praças e prédios públicos que ajudam a contar a história não apenas da região, mas sim da nação. Muitos ambientes foram extremamente preservados ao longo do tempo, mantendo exatamente o mesmo ambiente de 200 anos atrás.

Atrações no Vale do Café

Crédito: Realfm

O festival geralmente é realizado de sete a dez dias, apresentando concertos de músicas e promovendo oficinas para incentivar o aprendizado das crianças da região.

Além disso, são organizados cursos de música que ensinam instrumentos como violão, canto, saxofone, trompete, trombone, flauta, clarinete, violino, viola, violoncelo, baixo acústico e piano.

Os visitantes também podem conhecer os bastidores dos maiores centros produtivos do ciclo do café, apreciando fazendas com arquiteturas tradicionais e materiais únicos, repletos de muita arte e história, como: azulejos, pratarias, pinturas, louças, bordados, estátuas, documentos, entre outras coisas, resgatando o mais rico álbum de memórias do período.

Os grandes casarões dos barões e viscondes estão abertos ao público, num passeio que te leva diretamente ao Brasil imperial. Com tantas informações disponíveis, guias especializados te auxiliam a conhecer mais sobre um período importantíssimo da história do Brasil. Apresentações teatrais sobre a época da escravidão também ajudam a compreender o contexto daquela época.

Entre as principais fazendas da região estão:

Fazenda Arvoredo

Fonte: Portal Vale do Café

Localizada em Barra do Piraí, tem uma história importante, pois em 1818, as terras para a construção da fazenda foram doadas pelo Príncipe Regente D. João a José Luiz Gomes, Barão de Mambucaba.

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Fazenda Cachoeira Grande

Fonte: Kari Desbrava

Não era a maior fazenda da região, possuindo apenas 1.125 hectares, mas foi o princípio da imensa fortuna do futuro Barão de Vassouras, Francisco José Teixeira Leite. Em 1850, Francisco possuía em sua fazenda 250.000 cafeeiros e substituiu tudo pelo beneficiamento de alimentos, então muito caros em Vassouras, ficando famoso o “Arroz de Cachoeira”, todo tratado com eficientes máquinas “hidráulicas”, aproveitando a cachoeira que batizava a propriedade. Por seus méritos, foi elevado por D. Pedro II em 1871 à condição de Barão de Vassouras

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Fazenda Vista Alegre

Fonte: Vale do café

Localizada em Valença, é uma das mais importantes do Século XIX. Nela despontam suas formas arquitetônicas em harmonia com seus belíssimos jardins. Além de ser referência em Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, já foi cenário de diversas novelas, minisséries e produções televisivas, como a novela “Salomé” e a novela “A Viagem”.

Fazenda Santa Eufrásia

Fonte: Fazenda Santa Eufrásia

Localizada em Vassouras, é a única fazenda particular tombada pelo IPHAN no Vale do Café, é uma das construções históricas mais importantes da área. Seu acervo é composto por mobiliário e utensílios do século XIX autênticos.

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Gastronomia

Fonte: Foco Regional

Em todas as fazendas que sediam shows, o público visita o casarão com degustação de lanche colonial após o concerto. Durante o trajeto, também é possível encontrar locais que oferecem comidas típicas da região, acompanhadas é claro, de uma deliciosa degustação de café. Para os que optam por um lanche menos tradicional, carrinhos de fast food também marcam presença, oferecendo cardápios variados.

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Homenagens

Fonte: Roteiro Fortal

Todos os nomes, os organizadores realizam uma homenagem a algum artista ou figura importante da região. Em 2018, o homenageado da vez foi Jacob do Bandolim, músico, compositor e bandolinista carioca nascido no início do Século XX.

O artista teve seu repertório executado pelo duo Dani Spielmann e Sheila Zagury, na Fazenda São Luiz da Prosperidade, e pelo Terno Carioca, formado por Luiz Flávio Alcofra, Pedro Aragão e Lena Verani, na Fazenda São Roque.

Outros artistas que já participaram do festival foram: Jorge Aragão, Carlinhos de Jesus, Fafá de Belém, Elba Ramalho, Mart’nalia e Zeca Baleiro.

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